Nesta quinta-feira (6), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) comunicou que as prestadoras que adquiriram a faixa de 3,5 GHz do 5G já podem ativar estações em Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
Portanto, com a liberação nos estados do Norte, o 5G SA (Standalone), também chamado de “puro”, já está presente em todas as capitais brasileiras.
A decisão de liberar o sinal na região Norte do país havia sido tomada na última terça-feira (4) pelo Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência (Gaispi), na faixa de 3.625 a 3.700 MHz
Segundo o Gaispi, até 28 de novembro, as operadoras Claro, Tim e Vivo deverão somar, juntas, no mínimo 57 estações de 5G ativadas em Belém, 18 em Macapá, 84 em Manaus, 21 em Porto Velho e 15 em Rio Branco.
Com a ativação, os moradores principalmente das regiões centrais das capitais do Norte poderão utilizar a conexão 5G SA em smartphones e outros dispositivos.
A tecnologia fornece uma internet com maior velocidade de download, conexão mais estável, tempo de latência reduzido, maior densidade de conexões (aumento da quantidade de dispositivos conectados em determinada área), melhora do uso de dispositivos da Internet das Coisas (IoT) e outros recursos.
Porém, a conexão é feita apenas em dispositivos compatíveis com o serviço. De acordo com a Anatel, atualmente o mercado brasileiro conta com 89 modelos com conexão 5G.
Situação do 5G nas capitais brasileiras
Até o momento, já foram ativadas mais de 5 mil estações de 5G SA em todas as capitais brasileiras. Conforme a Anatel, o número representa mais de 5% das mais de 90 mil estações de redes móveis espalhadas pelo Brasil.
Como as capitais concentram 24% da população brasileira, teoricamente mais de 50 milhões de pessoas já podem desfrutar do acesso mais veloz à internet. Porém, vale ressaltar que o acesso é “teórico”, já que nem todo mundo nas metrópoles está recebendo os sinais do 5G.
O início da instalação das estações 5G e da liberação do sinal privilegia as regiões centrais das cidades. Por isso, bairros periféricos e distantes do centro ainda estão com pouco acesso à tecnologia.
No Leilão do 5G, finalizado em novembro de 2021, o edital dizia que as antenas deveriam ser instaladas em uma proporção para cada 100 mil habitantes nessa fase. Então, o sinal atual ainda é incipiente principalmente para atender a grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Brasília foi a primeira cidade do país a receber o 5G puro, no dia 6 de julho. A instalação em outras capitais foi atrasada por mais de uma oportunidade devido a fatores como a demora na chegada de alguns equipamentos.
Calendário do 5G nos próximos meses
As cidades menores passarão a ser abarcadas pela próxima fase da instalação do 5G no Brasil. Segundo a Anatel, até o fim de 2029, todos os municípios com população inferior a 30 mil habitantes deverão ser atendidos pela tecnologia.
Abaixo, confira os cronogramas estabelecidos no Leilão do 5G:
- Até 31/07/2024: ampliar a quantidade de antenas nas capitais dos estados e no Distrito Federal (no mínimo 1 antena para cada 30 mil habitantes);
- Até 31/07/2025: ampliar a quantidade de antenas nas capitais dos estados e no Distrito Federal e atender aos municípios com população igual ou superior a 500 mil habitantes (no mínimo 1 antena para cada 10 mil habitantes);
- Até 31/07/2026: atender aos municípios com população igual ou superior a 200 mil habitantes (no mínimo 1 antena para cada 15 mil habitantes);
- Até 31/07/2027: atender aos municípios com população igual ou superior a 100 mil habitantes (no mínimo 1 antena para cada 15 mil habitantes);
- Até 31/07/2028: atender a 50% dos municípios com população igual ou superior a 30 mil habitantes (no mínimo 1 antena para cada 15 mil habitantes);
- Até 31/07/2029: atender a 100% dos municípios com população igual ou superior a 30 mil habitantes (no mínimo 1 antena para cada 15 mil habitantes).
Já o cronograma de atendimento aos municípios com população inferior a 30 mil habitantes (4.396 municípios) é o seguinte:
- Até 31/12/2026: atender a pelo menos 30% dos municípios com população inferior a 30 mil habitantes;
- Até 31/12/2027: atender a pelo menos 60% dos municípios com população inferior a 30 mil habitantes;
- Até 31/12/2028: atender a pelo menos 90% dos municípios com população inferior a 30 mil habitantes;
- Até 31/12/2029: atender a 100% dos municípios com população inferior a 30 mil habitantes.
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