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Economista-chefe do Banco Mundial avalia que risco do Brasil é grande caso não haja ajuste fiscal

Em entrevista à revista Veja, a economista-chefe do Banco Mundial, Carmen Rein­hart, considera que, em um contexto de crise global desencadeada pela inflação em países europeus e nos Estados Unidos, além dos impactos da guerra da Ucrânia e da pandemia de covid-19, a situação do Brasil não está fora do radar.

Reinhart avaliou que, embora o Brasil faça parte dos países que se beneficiam com o boom de commodities temporário – “o que pode ajudar na situação fiscal” – , o cenário do futuro é pessimista e não será favorável para nenhuma nação.

Nem os importadores, nem os exportadores vão se beneficiar das condições financeiras internacionais mais restritivas do futuro. A situação vai ficar feia, e vai afetar o Brasil também.

disse a economista

Sobre a questão fiscal, Carmen pontuou;

É grande o risco se o governo atrasar o ajuste fiscal. Mesmo que não houvesse a questão das eleições, o boom dos preços de commodities estimula os governos a atender as demandas por mais gastos. A alta das exportações faz a situação fiscal parecer melhor, mas o ajuste das contas públicas é fundamental.

Por conta do “alto nível de endividamento” histórico do país, a vulnerabilidade “a mudanças das condições de mercados financeiros” como pontos de alerta para os gastos públicos — e o consequente aumento do risco fiscal — ficam mais altas no momento.

Passando para o recorte global, a economista afirma que os impactos mais preocupantes da somatória de crises são os sentidos pelo aprendizado infantil em decorrência das escolas fechadas na pandemia.

Segundo a nossa análise no banco, à medida que as crianças forem para a força de trabalho, haverá consequências muito preo­cupantes de médio e longo prazo.

Entre em contato com a redação Money Crunch: imprensa@moneycrunch.com.br

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