Sob pressão de maiores despesas operacionais e financeiras, a rede de atacarejo Assaí teve queda no lucro do terceiro trimestre. Os dados fazem parte da temporada de divulgação de balanços de julho a setembro de empresas listadas na B3, aberta na última quinta (20) pela empresa.
No documento, a companhia reportou lucro líquido de R$ 281 milhões para o período, queda de 47,8% ante mesma etapa de 2021. O lucro, porém, veio acima da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 246 milhões.
A receita bruta do trimestre, de R$ 15,2 bilhões, foi 30,1% maior ano a ano, refletindo a contribuição de 44 lojas abertas em 12 meses até setembro (14 conversões), e aumento de 9% das vendas nas mesmas bases de comparação.
O resultado operacional do Assaí de julho a setembro medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,011 bilhão, aumento de 20,6% ano a ano e quase em linha com as previsões de analistas ouvidos pela Refinitiv, de R$ 996 milhões.
A margem Ebitda, porém, recuou 0,5 ponto percentual, para 7,3%.
Nesta semana, as ações do Assaí tiveram forte volatilidade, diante de rumores no mercado envolvendo desinvestimentos de seu controlador, Casino, o que foi negado por ela na véspera.
As despesas gerais cresceram 30,2% no comparativo anual, para 1,27 bilhão de reais, já descontadas as despesas pré-operacionais com expansão e conversão de lojas.
Agora, a empresa espera concluir ainda em 2022 a conversão de 45 das 70 lojas Extra compradas do GPA no ano passado. A previsão anterior era de converter 40 unidades até dezembro próximo.
Incluindo também as 13 inaugurações orgânicas, o Assaí prevê fechar este ano com 58 novas lojas.
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