Na última terça-feira (25), Spotify superou as estimativas de Wall Street para receita e ganhos de assinantes no terceiro trimestre. Segundo a empresa, as condições econômicas desafiadoras levaram a um crescimento de receitas com publicidade mais lento do que o previsto.
O Spotify declarou que as margens do terceiro trimestre ficaram abaixo da previsão, culpando “alguma suavidade na publicidade”, flutuações cambiais e pagamentos retroativos de royalties a compositores e editores de música.
“Este é um indicador precoce das preocupações que as empresas estão tendo sobre a economia. Não estamos preocupados com o longo prazo, mas definitivamente está nos impactando no curto prazo e contribuiu para o impacto na margem bruta que tivemos neste trimestre também.”, disse Daniel Ek, presidente-executivo, à agência Reuters.
No terceiro trimestre, o número de usuários ativos mensais subiu para 456 milhões, um aumento de de 23 milhões em três meses e acima da própria previsão da companhia e das estimativas dos analistas, de 448,6 milhões.
Os assinantes premium, que respondem pela maior parte da receita da empresa, cresceram 13%, para 195 milhões, superando as estimativas de analistas, de 194 milhões.
Já a receita suportada por anúncios cresceu 19% no trimestre, para 385 milhões de euros, com avanço de dois dígitos em todas as regiões, exceto na Europa, onde o Spotify disse que viu o impacto das condições econômicas desafiadoras.
Porém, as ações do Spotify acumulam queda de 58,5% este ano, refletindo as preocupações do mercado com a alta da inflação e receios sobre recessão.
De acordo com dados da Refinitiv, a receita do trimestre somou 3 bilhões de euros, um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado e consistente com as estimativas de analistas.
A margem bruta (24,7%) ficou expectativas da empresa, que citou fraqueza no mercado publicitário e um grande contrato fora dos EUA.
A companhia teve prejuízo operacional de 228 milhões de euros, acima das projeções dos analistas de 168,6 milhões.
Além disso, o Spotify estimou que atingirá 479 milhões de usuários ativos mensais no quarto trimestre, um acréscimo de 23 milhões. A empresa também previu que adicionará 7 milhões de assinantes premium, elevando o número total para 202 milhões.
Dessa forma, a receita do quarto trimestre somará 3,2 bilhões de euros, com prejuízo operacional de 300 milhões de euros.