O Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China recuou de 49,4 a 49,0 na passagem de novembro para dezembro. Os dados foram publicados hoje (3) pela S&P Global em parceria com a Caixin.
Está é a quinta queda consecutiva do índice e também a mais forte desde setembro.
No relatório, Wang Zhe, economista-chefe do Caixin Insight Group, atribui o recuo aos efeitos das rígidas medidas de combate à covid-19.
“Os surtos de covid se espalharam rapidamente pela China em novembro, levando um número de indicadores macroeconômicos a cair acentuadamente e aumentando a pressão na economia”, afirmou Zhe.
De acordo com o texto, a Covid-19 no país “continuou a interromper as operações e diminuir a demanda dos clientes”.
Mesmo com a produção desacelerando a uma taxa mais branda, em comparação com novembro, o total de novos pedidos caiu em um ritmo mais rápido, já que as empresas citaram condições de mercado relativamente fracas.
Consequentemente, as empresas diminuíram suas atividades e cortaram o número de funcionários.
Dentro desse contexto, a confiança das empresas para a produção dos próximos 12 meses chegou ao nível mais alto desde fevereiro deste ano.
“Enquanto isso, as pressões inflacionárias permaneceram baixas, já que os custos de insumos subiram modestamente e os preços cobrados caíram ligeiramente”., apontou o relatório.
Nos componentes do índice, dezembro apresentou uma queda expressiva no total de novos negócios. A última redução nas vendas foi a mais rápida em três meses.
Também ocorreu diminuição nos produtos manufaturados, atingindo um ritmo mais acelerado do que em novembro.
“Medidas de contenção da COVID-19, incluindo fechamento temporário de fábricas, combinado com uma demanda mais fraca do cliente para levar a uma queda ainda maior na fabricação produção no final do quarto trimestre. O ritmo de contração foi o mais suave por quatro meses e leve, no entanto, com algumas empresas observando uma relativa melhora em suas operações em relação a novembro.”, aponta outro trecho da pesquisa.
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