Conforme informou a S&P Global nesta sexta-feira (3), o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil foi de 49,1 para 49,9 pontos na passagem de dezembro de 2022 para janeiro de 2023.
A agência apontou que produção do setor privado brasileiro foi “amplamente estabilizado no início de 2023, em meio a um crescimento sustentado da atividade de serviços e a um declínio consideravelmente mais brando da produção industrial”.
A pesquisa registrou uma nova contração no índice de novos pedidos recebidos. Houve um recuo mais brando nos pedidos a fábricas em comparação com um aumento mais lento das receitas de novos negócios nos provedores de serviços.
No referente ao emprego, os dados de janeiro indicaram para um declínio nas categorias de produção e de serviços.
“No nível consolidado, os empregos diminuíram pelo segundo mês consecutivo e a um ritmo igual ao de dezembro”, afirma um trecho do relatório.
PMI de serviços
A S&P Global divulgou no mesmo relatório os dados referentes ao setor de serviços do Brasil, que recuou de 51,0 para 50,7 no período.
“Embora a economia de serviços tenha permanecido em território de expansão no início de 2023, o crescimento perdeu fôlego a partir de dezembro. Os aumentos superficiais em novos negócios e produção observados em janeiro foram os mais fracos registrados em 20 meses, e houve contrações consecutivas nos números da folha de pagamento. Ao mesmo tempo, a incerteza em relação à economia e a política pública arrastou a confiança nos negócios para o seu nível mais baixo em um ano e meio”, diz o relatório da S&P Global.
A partir de dezembro, registrou-se a aceleração da inflação dos preços de insumos, impulsionada pela e fraqueza da moeda, custos salariais mais elevados e o restabelecimento do imposto sobre vendas (VAT, conhecido no Brasil como ICMS), conforme relatos das empresas entrevistadas.
De acordo com Pollyanna De Lima, Diretora Associada Econômica da S&P Global, o setor de serviços conseguir “manter a cabeça acima da água no início de 2023”.
“Vários fatores continuaram a diminuir a demanda interna de serviços, incluindo custos de empréstimos mais elevados, inflação, incerteza fiscal e questões políticas. As empresas estavam preocupadas que tais problemas pudessem afetar negativamente as perspectivas de crescimento, mas havia um sentimento geral de que a atividade de negócios aumentaria ao longo dos próximos 12 meses caso houvesse cortes nas taxas de juros, inflação contida e uma melhora no cenário econômico”, analisou a economista.
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