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Kalunga retoma plano para IPO na Bolsa Brasileira

Segundo fontes consultadas pelo jornal Estadão, a rede de papelarias Kalunga, atualmente com uma dívida de aproximadamente R$740 milhões, segurou planos de expansão e passou a mirar em uma capitalização bilionária para ajudar o processo de recuperação do baque sentido pela pandemia de Covid-19.

Com uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), o objetivo é capitar cerca de R$ 1 bilhão em 2023.

O trâmite regulatório para a abertura do capital foi feito em 2020, momento em que os juros na mínima histórica levaram a uma forte onda de IPOs no Brasil. Porém, a volatilidade do mercado fez com que essa tendência se revertesse.

Fundada a 50 anos por Damião Garcia, a Kalunga possui hoje cerca de 220 lojas. A primeira unidade foi aberta no bairro da Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo.

Ainda antes de sair da capital paulista, a empresa já era conhecida nacionalmente, devido ao tempo em que patrocinou o Corinthians.

Polêmicas na abertura de capital

Há dois anos, que marca o início do processo de abertura do capital da empresa, um dos problemas destacados por investidores foi um conflito de interesse envolvendo a compra da fabricante Spiral. Naquele momento, a polêmica era de que a empresa pertencia aos próprios sócios da companhia, os irmãos Paulo e Roberto Garcia. Porém, o negócio foi finalizado.

Com dinheiro obtido pela venda (R$106,2 milhões), os sócios quitaram uma dívida da fabricante. Devido a isso, uma das cobranças do mercado – e uma das promessas da Kalunga – é a mudança das estruturas de governança. Com o IPO, a participação dos irmãos deve ser diluída na nova estrutura de capital.

Atualmente, o foco é retomar os números de faturamento do pré-pandemia, ainda não recuperados, uma vez que o setor foi afetado pelo fechamento do comércio, dos escritórios e também das aulas em escolas.

Em entrevista ao Estadão, o especialista em varejo e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino, disse que a boa notícia para a Kalunga é que há poucos concorrentes em seu segmento, com exceção do Gimba, que tem uma atuação mais direta com as empresas.

“A Kalunga não tem concorrente direto. Eles são um negócio de ‘atacarejo’, fazendo um paralelo ao varejo alimentar. Hoje, seu maior concorrente é a venda online.”, disse Serrentino.

Entre em contato com a redação Money Crunch: imprensa@moneycrunch.com.br

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