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IPCA sobe 1,62% em março, maior alta para o mês desde os tempos da hiperinflação

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do Brasil, registrou alta de 1,62% em março, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (8).

Este foi o maior resultado para o mês de março desde 1994 (42,75%), antes da implantação do Real, quando o Brasil vivia um cenário de hiperinflação.

O indicador registra alta de 3,20% no acumulado do ano e de 11,30% em 12 meses.

Os principais impactos na inflação de março vieram dos transportes (alta de 3,02%) e de alimentação e bebidas (avanço de 2,42%).  Segundo o IBGE, os dois grupos contribuíram com cerca de 72% do índice do mês.

No caso dos transportes, a alta foi puxada pelo aumento nos preços dos combustíveis (6,70%), com destaque para gasolina (6,95%), que teve o maior impacto individual (0,44 p.p.) no indicador geral.

“Tivemos um reajuste de 18,77% no preço médio da gasolina vendida pela Petrobras para as distribuidoras, no dia 11 de março. Houve também altas nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%). Além dos combustíveis, outros componentes ajudam a explicar a alta nesse grupo, como o transporte por aplicativo (7,98%) e o conserto de automóvel (1,47%). Nos transportes públicos, tivemos também reajustes nas passagens dos ônibus urbanos em Curitiba, São Luís, Recife e Belém”, destacou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

Já no grupo dos alimentos e bebidas, a alta de 2,42% foi influenciada  pelos preços dos alimentos para consumo no domicílio, que ficaram 3,09% mais caros.

 A maior contribuição (0,08 p.p.) foi do tomate, cujos preços subiram 27,22% em março. A cenoura avançou 31,47% e já acumula alta de 166,17% em 12 meses.

Veja abaixo as principais contribuições para o IPCA de março:

Regiões pesquisadas

Ainda de acordo com o IBGE, todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em março. A maior variação ocorreu na região metropolitana de Curitiba (2,40%), onde pesaram as altas da gasolina (11,55%), do etanol (8,65%) e do ônibus urbano (20,22%).

Já a menor variação foi registrada no município de Rio Branco (1,35%), onde houve queda nos preços das passagens aéreas (-11,33%) e do frango inteiro (-2,10%).

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