Na pesquisa Digital Quality of Life 2022 (qualidade de vida digital, em tradução livre para o português), desenvolvida pela Surfshark, empresa holandesa de cibersegurança, o Brasil está em 81º lugar entre 117 países no ranking de custo de internet banda larga.
Segundo o estudo, o trabalhador brasileiro que receba um salário mínimo (R$ 1.212) precisa trabalhar por 399 minutos, ou 6h40, para contratar o plano de internet banda larga mais barato no país. O período em questão é seis vezes maior que o necessário nos Estados Unidos, que ocupam a 7ª posição no ranking.
Em território norte-americano, bastam 57 minutos de trabalho para se ter acesso a uma conexão rápida e estável.
Já na Armênia, país primeiro colocado nessa categoria, 18 minutos são suficientes –um vigésimo do necessário no Brasil.
No referente ao custo da internet móvel, o Brasil sobe dez posições no ranking, para o 71º lugar, mas ainda permanece abaixo da média global.
Esse é apenas um dos componentes do índice DQL, atualizado anualmente pela Surfshark desde 2019. Além do custo, qualidade da conexão, infraestrutura, segurança e uso pelo governo compõem o valor final.
No índice geral, o Brasil está no 53º lugar no mundo, três posições acima do ranking de 2021. Na América do Sul, está em 4º lugar, atrás do Chile, Uruguai e Argentina. O primeiro colocado é Israel, seguido por Dinamarca e Alemanha.
Dentro das categorias, o Brasil está melhor colocado em qualidade de conexão (33º) e em uso pelo governo (30º). As piores colocações são para custo da internet (71º) e segurança (78º). Em infraestrutura, o país ocupa a 62ª posição.
De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última sexta (16), a proporção de lares no Brasil onde havia uso de internet alcançou 90% (65,6 milhões) do total (72,9 milhões) em 2021.
O valor equivale a um acréscimo de 6 pontos percentuais em relação a 2019 (84%), antes do início da pandemia no país.
Além disso, o IBGE mostrou que, pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2016, a proporção de domicílios com acesso à banda larga fixa superou a proporção daqueles com internet móvel (3G ou 4G).
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