• Economia

Inflação e desemprego pressionam famílias brasileiras, diz economista; confiança cai

As pressões inflacionárias e o desemprego em níveis elevados seguem preocupando os brasileiros e afetando principalmente as famílias mais pobres. Com isso, a confiança do consumidor voltou a recuar no mês de maio de acordo com dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgados nesta quarta-feira (25).

“Os últimos resultados da confiança do consumidor mostram que apesar da melhora da pandemia e do pacote de incentivos para alívio da pressão financeira das famílias, a inflação e a dificuldade de obter emprego continuam impactando negativamente as famílias, principalmente as de menor renda”, afirma e economista Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens do FGV IBRE.

Segundo a FGV, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 3,1 pontos em maio, para 75,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,8 ponto, para 76,3 pontos.

A queda do ICC foi influenciada apenas pela piora das expectativas para os próximos meses, enquanto a avaliação sobre a situação atual se manteve estável.  O Índice de Situação Atual (ISA) continua com 69,1 pontos e o Índice de Expectativas (IE) recuou 5,1 pontos, para 81,0 pontos, menor desde janeiro (80,7 pontos).

Para a coordenadora, existe uma preocupação com a perspectivas futuras, que serão afetadas por um ano eleitoral que promete ser bastante acirrado.

“O cenário para os próximos meses não sinaliza uma tendência clara de recuperação, principalmente diante dos desafios expostos”, afirma Viviane.

Mais pobres têm menos confiança

Ainda segundo a FGV, houve queda da confiança em todas as faixas de renda exceto para as famílias com renda mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00.

A redução  mais intensa da confiança ocorre para os consumidores com nível de renda mais baixo (R$ 2.100,00 mensais), cujo ICC recuou 9,4 pontos, para 66,8, menor valor desde dezembro de 2021.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mais influenciou a queda esse mês foi o que mede à situação financeira familiar nos próximos meses.

Após três meses de alta, o indicador recuou 9,6 pontos, para 81,3 pontos, pior resultado desde novembro de 2021 (80,0 pontos).

As perspectivas sobre a situação econômica também se tornaram mais pessimistas,  com queda de 4,9 pontos no indicador para 96,7 pontos, menor desde março de 2021 (92,1 pontos). 

Compartilhe esse artigo
  • facebook
  • twitter
  • linkedin

Bolsa de valores

icone caixa de correio Assine nossa newsletter Receba nossas novidades por e-mail. Assine a newsletter

Matérias relacionadas