Conforme dados divulgados nesta quarta-feira (19) pela Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, a inflação ao consumidor da zona do euro em setembro subiu 1,2% sobre o mês anterior.
O valor ficou levemente abaixo do que havia sido estimado anteriormente, mas ainda em um nível recorde, ressaltando as expectativas do mercado de mais aumentos das taxas de juros antes do final do ano.
Na comparação anual, os preços ao consumidor nos 19 países que compartilham o euro avançaram 9,9%, revisando para baixo sua estimativa anterior de uma leitura anual de 10%.
O aumento dos preços da energia foi responsável por 4,19 pontos percentuais do total da leitura anual, com alimentos somando outros 2,47 pontos e serviços, 1,80 ponto.
Excluindo a volatilidade dos custos de alimentos não processados e energia, ou o que o Banco Central Europeu chama de núcleo da inflação, os preços subiram 0,9% no mês para um ganho de 6,0% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Uma medida ainda mais restrita, que exclui energia, alimentos, álcool e tabaco, e observada de perto pelos mercados, mostrou que os preços subiram 1,0% na base mensal e 4,8% na anual.
O Banco Central Europeu pretende manter a inflação em 2%, e tem aumentado as taxas de juros para conter o crescimento dos preços.
Algumas autoridades do banco já defenderam outro aumento de 0,75 ponto percentual em 27 de outubro, após um total de 1,25 ponto em duas reuniões, o ritmo mais rápido de aperto da política monetária pelo do BCE já registrado.
Agora, os mercados vêem a taxa de depósito de 0,75% subindo para cerca de 2% até o final do ano, depois para cerca de 3% antes de se estabilizar.
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