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FGV: Índice de Clima Econômico da América Latina cai 11,7 no 2º trimestre

Um levantamento desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) mostrou que o Índice de Clima Econômico da América Latina (ICE) recuou 11,7 pontos na passagem do 1º trimestre para o 2º trimestre deste ano, indo de 79 pontos para 67,3.

Em comparação com o momento de pico da pandemia de Covid-19 no continente, o resultado é melhor, mas permanece na zona desfavorável do ciclo econômico, que é abaixo dos 100 pontos.

Na visão de Lia Valls, pesquisadora associada do Ibre/FGV, “o clima econômico na América latina, desde 2012, está desfavorável”.

De acordo com a pesquisa, a queda do ICE no 2º foi causada por uma piora nas expectativas: o índice que as mede passou de 108,6 pontos no primeiro trimestre para 87,2 pontos no segundo trimestre, totalizando um recuo de 21,4 pontos.

A queda também foi registrada no Índice de Situação Atual, que saiu de 52,3 pontos para 48,8 pontos, correspondendo a uma redução de 3,5 pontos. Segundo a FGV, a a avaliação sobre a situação atual permanece na zona desfavorável desde o 2º trimestre de 2012.

Análise pontual do Brasil: melhora do ICE

“No Brasil, acho que tem um pouco do impacto de não ter piorado a questão da pandemia. É uma hipótese. O nosso clima econômico continua desfavorável” , explicou Lia Valls.

Conforme a pesquisa da FGV, o Indicador de Clima Econômico do Brasil melhorou 2,1 pontos no período analisado, variando do patamar de 60,6 pontos para 62,7 pontos.

A avaliação sobre a situação atual do país permanece em patamar baixo, em 30 pontos. Mas representa uma alta de 14,6 pontos em relação ao 1ª trimestre do ano.

As expectativas sobre o Brasil encolheram 15,4 pontos, passando para 100 pontos.

Os três problemas que mais atrapalham o clima econômico no país são: falta de confiança na política econômica, mencionada por 80% dos analistas entrevistados instabilidade política (apontada por 40%) e falta de mão de obra qualificada (40%).

Sobre os possíveis efeitos da guerra na Ucrânia, os analistas consultados pelo Ibre acreditam que a inflação subirá mais do que o previsto anteriormente (para 90%), juntamente com o aumento das exportações (para 60%).

Como efeitos gerais no continente, os analistas esperam uma inflação mais elevada em decorrência da guerra (85%), e um crescimento menor no Produto Interno Bruto (PIB) de seu país (47%).

Além do Brasil, apenas o Uruguai também registrou alta no Indicador de Clima Econômico, avançando 14,2 pontos para 149,6. Nesse caso, o país se torna o único da região em patamar favorável (acima dos 100 pontos).

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