De acordo com dados publicados nesta segunda-feira (30) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou um avanço de 0,21% em janeiro de 2023. Portanto, acumula uma alta de 3,79% nos últimos 12 meses.
No mês anterior, o índice estava em +0,45% e, em janeiro do ano passado, apresentava variação de 1,82% e acumulava alta de 16,91% em 12 meses.
Entre os índices componentes do IGP-M, o índice ao produtor segue registrando arrefecimento das pressões inflacionárias. O preço das matérias-primas brutas desacelerou de 2,09% para 1,55% e, entre os bens intermediários, cuja taxa passou de -0,30% para -1,06%, a queda foi intensificada diante do comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços recuaram ainda mais passando de -2,26% para -5,05%. Na contramão da inflação ao produtor segue a do consumidor, que passou de 0,44% para 0,61% em dezembro, por força do reajuste das mensalidades de escolas e cursos, cujos preços subiram em média 4,55%”, afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,10% em janeiro, após alta de 0,47% em dezembro
Na análise feita por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 0,05% em janeiro. No mês passado, a taxa havia sido de -0,29%.
A principal contribuição para o resultado foi derivada do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -0,29% para 2,64%, no mesmo período.
O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,10% em janeiro, após queda de 0,09% no mês anterior.
No caso dos Bens Intermédiários, a taxa foi de -0,30% para -1,06% na passagem de dezembro para janeiro. Neste caso, o principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -2,26% para -5,05%
O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,21% em janeiro, ante alta de 0,13% em dezembro.
Por fim, o estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 1,55% em janeiro, após alta de 2,09% em dezembro.
Contribuíram para esta alta os os seguintes itens: minério de ferro (16,32% para 9,26%), cana-de-açúcar (0,28% para -0,60%) e bovinos (1,55% para 0,65%).
Porém, em sentido oposto destacam-se: leite in natura (-4,75% para 0,22%) soja em grão (-1,52% para -0,92%) e milho em grão (-0,69% para 0,40%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,61% em janeiro, após alta de 0,44% em dezembro.
Cinco das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram queda em suas taxas de variação.
A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (-0,26% para 2,04%), com destaque para o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 0,00% em dezembro para 4,55% em janeiro.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação:
- Transportes: 0,31% para 0,60%
- Saúde e Cuidados Pessoais: 0,37% para 0,56%
- Comunicação: 0,48% para 0,79%
- Despesas Diversas: 0,08% para 0,26%
Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: licenciamento – IPVA (0,00% para 1,06%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,25% para 0,32%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,69% para 1,38%) e cigarros (-0,72% para -0,17%).
Por outro lado, os grupos Alimentação (0,99% para 0,61%), Habitação (0,42% para 0,09%) e Vestuário (0,67% para 0,25%) registraram decréscimo em suas taxas.
Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: hortaliças e legumes (9,75% para 2,10%), tarifa de eletricidade residencial (1,27% para -0,94%) e roupas (1,01% para 0,24%).
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,32% em janeiro, ante 0,27% em dezembro.
Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro:
- Materiais e Equipamentos: 0,37% para -0,26%
- Serviços: 0,43% para 0,53%
- Mão de Obras: 0,16% para 0,77%
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