De acordo com dados publicados nesta quinta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial do Brasil teve queda de 0,1% na passagem de outubro para novembro.
No mês anterior, avançou 0,3%, rompendo dois meses consecutivos de taxas negativas e que acumularam queda de 1,3%. Em comparação com novembro de 2021, a indústria brasileira cresceu 0,9%.
Porém, ao longo de todo o ano de 2022, o setor acumula redução de 0,6% e, em 12 meses, queda de 1,0%. A indústria está 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,5% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
“Nos últimos seis meses, foram quatro resultados negativos, do total de cinco que tivemos até agora para 2022. Isso mostra o setor girando em torno de um mesmo patamar, mas com um viés negativo, já que a média móvel trimestral está em queda pelo quarto mês seguido e mostra uma trajetória descente muito clara”, disse André Macedo, gerente da pesquisa.
Categorias econômicas pesquisadas
Segundo o IBGE, apenas uma das quatro grandes categorias econômicas e 11 dos 26 ramos pesquisados mostraram queda na produção.
As influências negativas mais importantes vieram de indústrias extrativas (-1,5%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%).
Também houve recuo em ramos de produtos têxteis (-5,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,8%), de produtos de metal (-1,5%) e de produtos de minerais não metálicos (-1,2%).
Já entre as 15 atividades que cresceram, os principais impactos são oriundos de produtos alimentícios (3,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,4%), bebidas (10,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,8%).
As demais contribuições positivas foram de metalurgia (3,1%), de produtos de madeira (7,4%), de produtos diversos (6,5%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (3,5%).
Entre as grandes categorias econômicas pesquisadas, em relação ao mês anterior, o resultado de novembro foi:
- Bens de consumo duráveis: queda de 0,4%. Única taxa negativa e terceiro mês consecutivo de queda, período em que acumulou perda de 4,1%;
- Bens de Capital: +0.8%, eliminando parte do recuo de 4,4% acumulado nos meses de outubro e setembro de 2022;
- Bens de consumo semi e não duráveis: +0,6%
- Bens intermediários: +0,4%
As duas últimas categorias avançaram pelo segundo mês seguido e acumularam nesse período crescimento de 0,9% e 1,1%, respectivamente.
Média móvel trimestral
A média móvel para o trimestre encerrado em novembro registrou contração de 0,2% rente ao nível do mês anterior, após também recuar em outubro (-0,4%), setembro (-0,3%) e agosto (-0,2%) de 2022.
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