Conforme dados consolidados no Boletim Econômico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o ano de 2022 teve a segunda maior captação da série histórica da autarquia, alcançando R$ 574 bilhões em 2.297 ofertas.
Segundo a Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA) da CVM, o resultado fica atrás apenas de 2021 (R$ 737 bilhões), que foi um ano atípico por conta da antecipação do encerramento de ofertas devido às mudanças nas regras de cobrança da taxa de fiscalização.
O destaque de emissões foi o rito aplicado aos crowdfundings (Resolução CVM 588), que teve uma alta de 61% no valor total emitido quando comparado a 2021. A cifra somou R$ 210 milhões, em um universo de 57 plataformas registradas.
Um segmento que impulsionou o resultado do ano foi o de dívida corporativa – incluindo debêntures, notas promissórias e notas comercias, CRI e CRA -, que somou R$ 409,5 bilhões em emissões – 21,6% maior que em 2021.
O valor acumulado pelas emissões de dívida corporativa representa 71% do total de 2022.
A CVM apontou que a estimativa do valor total do mercado regulado é de R$ 27,06 trilhões, cerca de 18% inferior ao observado no final do ano anterior (R$ 33,14 trilhões).
A diferente ocorre por conta dos mercados de derivativos, que são suscetíveis a grandes variações. Excluída esta categoria, verifica-se aumento de 3,5%, com destaque para a taxa de crescimento do mercado de notas (promissórias e comerciais), produto com estoque 75% maior em relação ao ano anterior.
Além disso, o boletim destacou o crescimento no número de regulados pela CVM: em 2022, a reguladora do mercado de capitais chegou a 80.404 participantes regulados, aumento de 12% em relação a 2021.
Agentes autônomos de investimento (23.294), analistas de valores mobiliários (1.412) e consultores de valores mobiliários (1.239) foram os responsáveis pela expansão do número de regulados, respondendo por 66% do incremento no ano.
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