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Custo de vida na região metropolitana de SP cresce 5,79% em fevereiro

No acumulado dos últimos 12 meses, o custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo cresceu 5,79%. Em fevereiro, o índice registrou alta de 0,63%, ficando pouco acima do 0,50% constatado no primeiro mês do ano.

Os dados foram divulgados nesta sexta (31) e fazem parte do levantamento mensal Custo de Vida por Classe Social (CVCS), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

A FecomercioSP apontou que a principal influência negativa veio do grupo Educação, com tradicionais reajustes. Juntamente, o orçamento das famílias também foi fortemente pressionado pela categoria Alimentação e bebidas.

Influências

Na comparação interanual, o segmento da educação apresentou crescimento de 7,05%. Na variação mensal, o aumento foi de 5,24% – número que representa 0,37 ponto porcentual (p.p.) o índice geral de fevereiro. 

O ensino médio apontou elevação média de 11,1%, enquanto o ensino fundamental, de 10%. A educação infantil aumentou 9,3%.

O impacto do setor foi alto para todas as faixas de renda analisadas. A maior variação foi vista na classe D, de 6,63%. Para a classe A, a alta foi de 5,95%, ao passo que a classe E registrou elevação de 3,65%.

Porém, a entidade afirmou que esta é uma questão pontual e não estrutural, de forma que o segmento não vai continuar a pressionar nos próximos meses.

Os grupos Saúde e Habitação pressionaram de forma similar: o primeiro grupo teve elevações de 12,02%, em 12 meses, e 1,15%, em fevereiro; o segundo registrou crescimentos de 2,62%, na comparação interanual, e 0,78%, na mensal.

Em Saúde, os preços aumentaram tanto no varejo quanto nos serviços. Os serviços médicos apresentaram alta de 3,1%, e o plano de saúde, de 1,2%.

Pelo comércio, os perfumes avançaram 7,3%, os produtos para a pele cresceram 4% e o antigripal encareceu 2,5%.

O grupo Habitação, por sua vez, também pressionou os serviços e o varejo. Pelo primeiro, o aluguel residencial obteve elevação de 1,6%, enquanto a energia elétrica residencial aumentou 0,7%. Já no segundo, destaque para os produtos de construção, como revestimento de piso, cimento e tijolo – que subiram 2,1%.

O segmento com principal peso no índice foi Alimentação e bebidas, com alta mensal de 0,40%, gerando impacto de 0,9 p.p. na variação global.

As frutas, legumes e verduras sofreram aumento, como o mamão (15,1%), a alface (9,6%) e a cenoura (15,9%). De acordo com a FecomercioSP, questões climáticas, como excesso de chuva e aumento de custos, explicam as altas mais expressivas.

A classe A foi a que mais sentiu as variações (0,52%), ao passo que, para a classe E, a variante foi de 0,28%.

No campo negativo, três grupos apresentaram retração nos preços. Quem mais ajudou a contrabalancear o aumento no mês foi o grupo dos transportes, que caiu 0,49%. Destaques para as quedas de 8,8% das passagens aéreas e de 4,6% do seguro de veículo. No varejo, redução de 2,4% do óleo diesel.

Por outro lado, a gasolina apontou aumento médio de 1%. 

Neste campo, houve alívio maior para as classes de renda mais baixa. Para a classe E, por exemplo, o grupo transporte retraiu 0,72%, ao mesmo tempo que, para a classe A, houve aumento médio de 0,26%.

Os grupos de vestuário e artigos do lar completam a lista de quedas, com variações respectivas de 0,35% e 0,66%.

Mesmo com preços médios arrefecendo, ao apresentar variação abaixo da vista em 2022, o custo de vida na RMSP continua em patamar elevado, próximo a 6%.

São pressões de custos, impostos e problemas climáticos que pressionam a oferta e não permitem uma inflação mais baixa. Frente a um cenário relativamente melhor, as famílias devem recuperar de forma gradativa o poder de compra, o que é um ótimo indicativo para os empresários do comércio.

afirma um trecho do comunicado divulgado pela FecomercioSP

Varejo e serviços

O Índice de Preços do Varejo (IPV), da CVCS, acumulou alta de 5,29% nos últimos 12 meses. 

Entre os oito grupos estudados, cinco apresentaram variação positiva. Destaque para a elevação no segmento de saúde e cuidados pessoais (113,45%), seguido pelo de alimentos e bebidas (10,41%).

Também houve alta no Índice de Preços dos Serviços (IPS), da CVCS, acumulado de 6,29% em 12 meses.

Entre os oito grupos que compõem o indicador, seis apontaram índices positivos. No período, a maior variação foi vista em educação (7,48%) e habitação (0,89%).

Entre em contato com a redação Money Crunch: imprensa@moneycrunch.com.br

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