Um relatório divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos indicou que a recuperação da economia norte-americana depois da pandemia de Covid-19 foi muito mais forte do que se pensava inicialmente, diante do estímulo fiscal.
As revisões publicadas também mostraram que a diferença entre duas medidas de crescimento diminuiu acentuadamente em 2021
Em sua revisão anual dos dados do PIB, o Departamento do Comércio dos EUA declarou que o Produto Interno Bruto do país aumentou 5,9% em 2021, uma revisão positiva em relação ao crescimento de 5,7% relatado anteriormente.
Já em 2020, a economia contraiu 2,8% – dado revisado para cima de uma queda de 3,4% publicada anteriormente.
“A recessão pandêmica do quarto trimestre de 2019 até o segundo trimestre de 2020 foi um pouco menos acentuada do que o que está publicado atualmente. A recuperação a partir do segundo trimestre de 2020 foi um pouco mais forte”. disse Erich Strassner, diretor associado de Contas Econômicas Nacionais do Escritório de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês) do Departamento de Comércio.
As revisões para cima do PIB em ambos os anos refletiram em grande parte mais gastos do consumidor, exportações e gastos do governo federal do que o informado anteriormente.
Como parte de um alívio de quase US$ 6 trilhões (R$ 32,1 trilhões) desde o início da pandemia, os gastos foram impulsionados por subsídios do governo a famílias e empresas.
Além disso, as revisões demonstraram que a Renda Interna Bruta (GDI, na sigla em inglês) – que consiste nos rendimentos obtidos e dos custos incorridos na produção do PIB – se recuperou em em 5,5% em 2021, revisão para baixo dos 7,3% publicados anteriormente.
A revisão para baixo em 2021 refletiu revisões em vários componentes, incluindo receita líquida de juros, salários da indústria privada, renda dos proprietários e lucros corporativos.
No ano anterior, esse indicador recuou 2,3%, em vez de 2,9%, como inicialmente estimado.
A diferença entre a Renda Interna Bruta e o PIB, também conhecida como discrepância estatística, é a soma dos erros de medição na estimativa dos respectivos componentes do PIB e da Renda. Antes da revisão, a discrepância estatística havia aumentado acentuadamente, atraindo a atenção de autoridades do Federal Reserve e economistas.
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