Nesta quinta-feira (16), o Credit Suisse declarou que, para reforçar a liquidez e a confiança dos investidores, irá tomar emprestado até US$54 bilhões do Banco Central da Suíça. O anúncio vem após a queda de 20% em suas ações na sessão de ontem, intensificando os temores sobre uma crise bancária global.
Após o comunicado do empréstimo do BC suíço, feito no meio da noite em Zurique, os papéis do Credit Suisse subiram 24%, ajudando a reverter algumas das pesadas perdas nas bolsas de valores impulsionadas pelos temores dos investidores sobre possíveis corridas aos bancos em todo o mundo.
Caso concretizada, o Credit Suisse será o primeiro grande banco global a receber uma ajuda emergencial desde a crise financeira de 2008. Este fato levantou dúvidas sobre se os bancos centrais serão capazes de sustentar sua luta contra a inflação com aumentos agressivos nas taxas de juros.
O empréstimo do Credit Suisse será feito sob a linha de crédito coberta e uma linha de liquidez de curto prazo, totalmente garantida por ativos de alta qualidade. O banco também anunciou ofertas de títulos de dívida sênior por dinheiro de até 3 bilhões de francos.
O Credit Suisse, que é o 2º maior banco do país, afirmou que exercerá uma opção de empréstimo de até 50 bilhões de francos suíços (US$54 bilhões) junto ao banco central.
A decisão ocorreu depois da confirmação por parte de autoridades suíças de que o Credit Suisse atendeu “aos requisitos de capital e liquidez impostos a bancos sistemicamente importantes” e de que ele poderia acessar a liquidez do banco central, se necessário.
“A combinação de medidas deve ser suficiente para conter os movimentos negativos na estrutura de capital, já que o mercado precificou o impacto potencial das pressões de liquidez”, disse o JP Morgan em nota nesta quinta-feira.
Paralelamente à alta das ações, os credit default swaps (CDS) de cinco anos caíram 128 pontos-base, para 1.016 pontos-base desde o fechamento de quarta-feira, após atingirem máximas recordes naquele dia.
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