O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 5,3 pontos em novembro, indo para 95,6 pontos. Segundo informações divulgadas nesta sexta (25) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o resultado de novembro foi a maior queda desde abril de 2020 e também representa o menor nível desde março deste ano, quando o índice chegou a 92,9 pontos.
Em médias móveis trimestrais, o ICST caiu 0,9 ponto.
“Depois de sete meses, sinalizando um otimismo moderado, a percepção em relação aos negócios e a demanda para os próximos três meses sofreu um revés expressivo, que atingiu os três segmentos setoriais”, afirmou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, em nota.
A coordenadora também apontou que “mostra-se evidente que o choque de expectativas pode ser associado aos resultados das eleições. As incertezas em relação à política econômica do próximo governo provocaram um receio de piora no ambiente futuro dos negócios. Por outro lado, o indicador relativo à atividade corrente continua sinalizando melhora. Ou seja, o setor está crescendo, mas o futuro é incerto”.
Aberturas do ICST
O Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 1,6 ponto, para 97,0 pontos, o menor nível desde agosto (96,4 pontos). O resultado foi puxado pela piora do volume da carteira de contratos, que caiu 1,7 ponto, para 98,8 pontos, e do indicador que mede a situação atual dos negócios, que cedeu 1,4 ponto, a 95,2 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-CST), por sua vez, caiu 8,8 pontos, para 94,4 pontos, a menor marca desde março, quando havia atingido 93,9 pontos. Entre os componentes do grupo, o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses cedeu 10,1 pontos, para 93,4 pontos, e o indicador de perspectivas sobre demanda recuou 7,4 pontos, a 95,4 pontos.
Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da construção subiu 2,1 pontos porcentuais, para 79,2%. Nas aberturas, o Nuci de Mão de Obra avançou 2,2 pontos, para 80,4%, e o Nuci de Máquinas e Equipamentos teve alta de 2,0 pontos porcentuais, para 73,9%.
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