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Banco Mundial eleva projeção de crescimento do PIB do Brasil em 2022

Nesta semana, o Banco Mundial aumentou de 1,5% para 2,5% a sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. Os dados são do relatório “Novas Abordagens para Resolver o Déficit Fiscal”, publicado na terça-feira (4).

A mudança foi em grande parte impulsionada pela reabertura da economia e ao aumento dos preços de commodities. Para o ano que vem, o órgão espera que a atividade no País arrefeça a 0,8%, devido à desaceleração da economia global, aumento dos juros nos EUA e queda dos preços de commodities.

Segundo William Maloney, vice-presidente do Banco Mundial para América Latina, os efeitos de um cenário global mais desafiador no ano que vem já estão incorporados na projeção do banco, de um crescimento “relativamente baixo” do País em 2023. Maloney considera que toda a América Latina deve ser impactada por este cenário.

O vice-presidente pontuou que a situação fiscal do País não é negativa, apesar do aumento da dívida em decorrência do auxílio financeiro pago à população durante a pandemia. Porém, alertou que será necessário observar o impacto do aumento das taxas de juros sobre o pagamento da dívida brasileira, mas lembrou que este quadro é compartilhado também pelo resto da América Latina.

Sobre as eleições, Maloney afirmou que o Banco Mundial deve “trabalhar construtivamente” com qualquer um dos candidatos eleitos para avançar em uma agenda que eleve o crescimento econômico do País, aumente a inclusão e adote medidas efetivas em termos de ação climática.

“Nós trabalhamos com os governos Bolsonaro e Lula no passado e vamos trabalhar construtivamente com quem quer que seja eleito. Temos uma longa agenda para trabalhar no Brasil.”, declarou o executivo.

Além disso, sobre o aumento das expectativas de inflação para 2024 observado no relatório Focus, Maloney explicou que o quadro geral da América Latina ainda é de expectativas controladas, embora o movimento “incipiente” observado seja uma fonte de preocupação.

“Obviamente, no longo prazo, você não quer que as expectativas de inflação cresçam e sejam incorporadas a negociações salariais, que, por sua vez, aumentam os preços. Nós queremos evitar esse tipo de espiral. Isso é uma preocupação nos Estados Unidos, isso é uma preocupação em todos os lugares”, acrescentou.

Entre em contato com a redação Money Crunch: imprensa@moneycrunch.com.br

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