Conforme um levantamento feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o volume financeiro investido pelos brasileiros cresceu 11,7% em dezembro de 2022 ante igual período do ano anterior.
Em 2022, o volume total ficou em R$ 5,1 trilhões, contra R$ 4,5 trilhões em 2021.
O varejo tradicional (R$1,91 bilhão) e o varejo alta renda (R$1,42 bilhão) representam 34,0% e 28,2% do volume total distribuído, respectivamente.
A maior elevação no patrimônio foi do varejo alta renda – 16,2% – seguidos do varejo tradicional e do private (R$1,72 bilhão) com 13,3% e 7,3% respectivamente.
Porém, mesmo com uma queda de 4,0% em 2022, a poupança segue sendo aplicação de maior representatividade, com 18,8% (R$ 949,3 bilhões) da alocação total dos recursos.
Na sequência, estão investimentos em CDB/RDB, com participação de 14,2% (R$ 715,9 bilhões) em relação a todos os instrumentos. A alta em 2022 foi de 25,5%.
Segundo o relatório divulgado pela Anbima, a “predominância em ativos de renda fixa reflete o ciclo de alta dos juros e a perspectiva de manutenção da Selic em 13,75% por mais tempo do que o previsto inicialmente.”
Os títulos isentos (CRI, CRA, LCI e LCA) apresentaram taxas de crescimento anual relevante – 74,2%, 38,1%, 67,6% e 76,0%, respectivamente. No total, o movimento destes títulos representou um aumento de R$ 263,2 bilhões em relação ao ano anterior.
afirma um trecho do comunicado da associação
Aberturas
Dentro do varejo tradicional, a poupança é a aplicação predominante, representando quase a metade do volume alocado (47,0%).
Já no varejo alta renda, a maior alocação é dos CDBs (22,0%), que apresentou crescimento de 24,8% em 2022, o equivalente à uma variação de R$ 62 bilhões. Em seguida vem a participação dos fundos de renda fixa, que representam uma parcela de 17,6%.
No private, as carteiras com maiores representatividades em 2022 foram os dos fundos multimercados e ações com 25,3% e 22,3% respectivamente.
Contudo, entre os ativos com volumes relevantes, o crescimento dos ativos isentos (CRI, CRA, LCI e LCA) corresponderam à uma variação positiva de R$ 82,7 bilhões. A Anbima ressaltou que a previdência representa o terceiro instrumento de maior alocação (9,8% do total), o que equivale a um volume financeiro de R$ 187,3 bilhões.
O número total de contas teve aumento de 12,2% em 2022, o que equivale à uma variação positiva de 15,7 milhões de contas (não contabilizadas por CPF).
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