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Alta do Bitcoin tem institucionais em destaque e busca por “porto seguro” em meio à crise dos bancos

Mais três bancos regionais dos Estados Unidos podem entrar na lista de vítimas da crise bancária e estão sob olhares atentos de investidores e de todo mercado financeiro: o Western Alliance, o PacWest e o First Horizon, que viram suas ações despencarem nos últimos dias com rumores sobre possíveis problemas de solvência.

No começo da semana, o First Republic Bank entrou em derrocada e teve seus ativos adquiridos pelo J.P. Morgan em uma transação de mais de US$ 10 bilhões.

Diante de tantas incertezas no sistema bancário, uma pergunta cada vez mais comum é se o Bitcoin, principal criptomoeda do mercado, pode ser um porto seguro para os investidores. Este foi inclusive o tema da live Smart Money – Squad Crypto, da Convex Research, apresentada pela COO Thata Saeter e pelos analistas Giovanni Rosa e Matheus Parizotto.

“O BTC foi criado em 2008 justamente por conta dessas tensões no mercado financeiro tradicional, como uma alternativa a esse sistema vigente”, afirmou Giovanni Rosa. Como contexto, neste mesmo ano, a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers marcou o início que uma crise econômica que se alastrou pelo mundo todo.

Thata Saeter destaca que a situação atual dos bancos norte-americanos já é mais delicada do que em 2008, mas a real gravidade ainda vem sendo pouco discutida.

“Com a decisão de ontem [de subir os juros em 0,25 ponto percentual], o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) permanece com uma postura passiva, ignorando e dizendo que a situação ‘não é bem assim’. Mas já sabemos que o Fed já errou ‘a mão’ outras vezes e está agindo nesses últimos anos sempre em defasagem”, diz.

Rede confiável e compra por investidores institucionais

Giovanni Rosa lembrou ainda que o Bitcoin possui uma rede robusta e que se mostrou absolutamente segura desde que foi criado. “É importante ressaltar que o BTC está ativo desde sua criação sem nenhuma queda relevante de rede. Teve apenas uma pequena desconexão em 2011 e 2012.  Então desde 2008, 99,99% da rede vem processando pagamentos”, afirma.

Ainda de acordo com o analista, o volume financeiro processado pela rede do Bitcoin este ano mostra que ele tem sido cada vez mais procurado pelos investidores. “Durante todo o ano passado, a rede do BTC processou um total de US$ 13 trilhões em pagamentos. Em 2023, ainda estamos no mês de maio e o volume de pagamentos já está próximo dessa marca. Isso só mostra que a rede do BTC está pulsante e está alo processando seus dólares, enquanto vemos essa quebra bancária acontecendo e o ‘efeito contágio’”, destaca.

Desde o dia 10 de março, quando foi anunciado que o SVB (Sillicon Valley Bank) havia quebrado e sofrido intervenção do Fed, o Bitcoin registra uma alta acumulada de mais de 40%, passando da faixa de US$ 20.000 para mais de US$ 28.000 atualmente.

Segundo Rosa, é possível notar um aumento do volume principalmente por carteiras com mais de mil BTCs – em alguns casos de até 5 mil BTCs. “É muito difícil a pessoa física ter esse poder de compra. Então, isso indica que esse aumento tem um DNA institucional, mostrando a busca por um ativo de segurança frente a esse contágio do sistema financeiro tradicional”, pontua.

Assista à live na íntegra:

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