*Com informações de Agência Brasil
Em janeiro deste ano, foram criados 83.297 postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (9) pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.
No mesmo mês de 2022, tinham sido criados 155.178 postos de trabalho, nos dados sem ajuste, que não consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores.
Portanto, a abertura de emprego formal caiu 50,2% em janeiro de 2023 – devido a desaceleração econômica e fechamento de vagas temporárias no comércio. Em dezembro de 2022, o saldo havia sido negativo em 440.669.
Ao todo, segundo o governo federal, em janeiro deste ano foram registradas 1.874.226 contratações e 1.790.929 demissões.
O estoque de empregos formais, que corresponde à quantidade desse tipo de vaga ocupada atualmente no país, chegou a 42.527.722 em janeiro, ante 42.444.425 no mês anterior.
Os pedidos de seguro-desemprego subiram de 533.028 em dezembro para 614.085 em janeiro.
Empregos por setor
Segundo o Caged, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em janeiro. O destaque foi para o setor de Serviços, com a abertura de 40.686 postos, seguido pela construção civil, com 38.965 postos a mais.
Dentro do setor de serviços, a área que teve maior número de contratações formais foi a que engloba administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 19.463 novas posições.
Na sequência, vem informação, comunicações e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com saldo positivo de 16.447.
Outros serviços foram responsáveis por 4.461 novas vagas do tipo em janeiro e transporte, armazenamento e correio, 2.688.
Em terceiro lugar, vem a indústria (de transformação, de extração e de outros tipos) com a criação de 34.023 postos de trabalho.
Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 33.738 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou a indústria extrativa, que abriu 341 vagas.
O nível de emprego aumentou na agropecuária, com a abertura de 23.147 postos. Somente o comércio, pressionado pelo fechamento de vagas temporárias típico do início de ano, extinguiu empregos com carteira assinada, com o fechamento de 53.524 vagas.
Salário médio
O salário médio real de admissão em janeiro atingiu R$ 2.034,98, pouco abaixo dos R$ 2.048,08 registrado em dezembro.
A única área de serviços com saldo negativo no mês foi alojamento e alimentação, com 2.352 de vagas formais a menos.
Para homens, o valor médio foi de R$ 2.096,25 e, para mulheres, R$ 1.887,60.
Empregos por Região e Estados
Três das cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em janeiro. A liderança ficou por conta de região Sul, com 32.169 postos a mais, seguido pelo Centro-Oeste, beneficiado pela safra de grãos, com 27.352 postos.
Em seguida, vem o Sudeste, com 18.778 postos. O Nordeste fechou 133 postos de trabalho, e o Norte extinguiu 482 vagas formais no mês passado.
Na divisão por unidades da Federação, 16 registraram saldo positivo, e nove extinguiram vagas.
Os destaques na criação de empregos foram: São Paulo (+18.663 postos), Santa Catarina (+15.727) e Mato Grosso (+13.715).
As maiores variações negativas ocorreram em: Ceará (-3.033 postos), Pará (-1.853) e Paraíba (-1.717).
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