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Produção industrial da zona do euro retoma crescimento, aponta PMI

Conforme dados publicados nesta quarta-feira (1 º) em relatório da S&P Global, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro caiu de 48,8 para 48,5 pontos na passagem de janeiro para fevereiro de 2023.

Porém, mesmo que a atividade geral tenha contraído novamente, o componente que mede exclusivamente a produção industrial do bloco cresceu pela primeira vez desde maio. A pesquisa feita pela S&P Global vincula esse crescimento com a recuperação das cadeias de suprimentos.

De acordo com os entrevistados da pesquisa, facilitar o gargalos e melhor disponibilidade de matéria-prima reduziram a tensão nos cronogramas de produção […] Consequentemente, as pressões de custo enfrentadas pelos produtores de bens diminuiu consideravelmente mais uma vez, com a taxa geral de entrada inflação de preços desacelerando para um ritmo marginal, que foi o mais fraco em quase dois anos e meio.

afirma um trecho do relatório divulgado pela S&P Global

O índice que mede a produção, que alimenta o PMI composto a ser divulgado na sexta-feira – visto como um bom norteador da saúde econômica geral – , ficou um pouco acima do ponto de equilíbrio (50,0 pontos), em 50,1. Em janeiro, estava em 48,9 pontos.

Componentes

Segundo a S&P Global, o resultado foi puxado por subcomponentes como prazos de entrega para fornecedores, que mostraram uma considerável flexibilização nas pressões da cadeia de abastecimento – o que é normalmente visto como indicativo de pior nas condições do setor industrial -, e também o declínio mais acentuado nos estoques de pré-produção, movimento visto desde maio de 2021.

O índice que mede os novos pedidos caiu pela décima vez consecutiva, com a desestocagem de clientes, inflação e incerteza sobre a economia geral pesando no desempenho das vendas.

Porém, uma notável e maior resistência à demanda veio dos mercados internacionais, como evidenciado por um declínio mais rápido em novos pedidos de exportação.

A partir da melhora das condições da cadeira de suprimentos e a carteira de pedido caindo, os fabricantes da área do euro reduziram suas compras e estoques de insumos durante o mês de fevereiro.

No referente à inflação, a S&P Global apurou que os preços de produtos mostraram-se mais rígidos, porém, com a taxa de aumento nos preços de venda permanecendo forte e bem acima de sua média de longo prazo.

O emprego cresceu moderadamente, mas em sua taxa mais rápida em 4 meses.

Resultados por país

Este dois fatores juntos compensaram as influências positivas que a produção, novas encomendas e os índices de emprego tiveram no mês.

Entre os oito países da zona do euro que são monitorados pela pesquisa, quatro registraram PMIs industriais em expansão.

Na Itália, houve uma rápida melhora das condições operacionais durante o mês de fevereiro, com seu respectivo PMI subindo para uma alta de dez meses.

A Grécia registrou uma recuperação de força semelhante, enquanto a Irlanda e a Espanha viram melhorias mensais marginais.

Por outro lado, o “núcleo” da zona euro – Alemanha e França – viu PMIs de manufatura caírem ainda mais abaixo do limite de 50,0.

Perspectivas

Os fabricantes da zona do euro se mostraram ligeiramente mais otimistas em relação às perspectivas para o ano que vem quando comparado a janeiro.

As expectativas de produção futura estavam no máximo otimista desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, cerca de um ano atrás.

Sobre o cenário visto em fevereiro, o economista chefe da S&P Global, Chris Williamson, teceu os seguintes comentários:

A imagem de produção mais brilhante em primeiro lugar reflete uma ampla melhoria nas cadeias de suprimentos, com entregas de insumos nas fábricas acelerando para um grau não visto desde 2009. Menos escassez de oferta e atrasos facilitaram a maior produção, permitindo que empresas lidem com carteiras de trabalho acumuladas durante a pandemia.

Entre em contato com a redação Money Crunch: imprensa@moneycrunch.com.br

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