O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,76% em fevereiro, após uma alta de 0,55% em janeiro. Os dados foram publicados nesta sexta (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O acumulado em 12 meses caiu de 5,87% para 5,63%. Em fevereiro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,99%.
Aberturas
O IBGE apontou que entre os nove grupos produtos e serviços pesquisados para composição do indicador, oito tiveram alta na comparação com janeiro. Confira:
- Vestuário: -0,05%
- Transportes: 0,08%
- Alimentação e bebidas: 0,39%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,55%
- Habitação: 0,63%
- Despesas pessoais: 0,63%
- Artigos de residência: 0,71%
- Comunicação: 0,78%
- Educação: 6,41%
A exceção ficou por conta do grupo de Vestuário, o único a apresentar deflação no mês. Os preços recuaram 0,05% depois da alta de 0,42% em janeiro.
O maior impacto sobre o IPCA-15 veio do grupo de Educação, que teve alta de 6,41% em relação a janeiro, respondendo por 0,36 ponto percentual (p.p) do índice de fevereiro.
Dentro de Educação, a maior contribuição veio dos cursos regulares (7,64%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo.
Já as maiores variações vieram do ensino médio (10,29%), do ensino fundamental (10,04%), da pré-escola (9,58%) e da creche (7,28%). Ensino superior (5,33%), curso técnico (4,50%) e pós-graduação (3,47%) também registraram altas.
Em Habitação, a alta foi de 0,63%, após registrar avanço de 0,17%. O resultado foi influenciado pelas altas em aluguel residencial (0,89%) e condomínio (0,62%). A taxa de água e esgoto (1,32%) também registrou alta em fevereiro, consequência dos reajustes aplicados em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador.
Ainda neste grupo, a energia elétrica subiu 0,35%, após queda de 0,16% no mês anterior. Os resultados das áreas foram desde -3,44% em Brasília até 5,99% em Salvador, onde o ICMS retornou ao patamar de 27% a partir de 1º de janeiro.
A variação de Alimentação e bebidas (0,39%) ficou abaixo da registrada em janeiro (0,55%). Os preços dos alimentos para consumo no domicílio subiram 0,38%, influenciados pelas altas da cenoura (24,25%), das hortaliças e verduras (8,71%), do leite longa vida (3,63%), do arroz (2,75%) e das frutas (2,33%).
Nas quedas, destaca-se a redução nos preços da cebola (-19,11%), do tomate (-4,56%), do frango em pedaços (-1,98%) e das carnes (-0,87%). A alimentação fora do domicílio (0,40%) ficou com resultado próximo ao do mês anterior (0,39%). O lanche teve alta de 0,78% e, a refeição, de 0,16%.
No setor de Transportes, a alta de 0,99% nos ônibus urbanos ocorreu devido ao aumento de 6,17% nas passagens do Rio de Janeiro (4,88%), vigente desde 7 de janeiro.
Em Comunicação (0,78%), o resultado foi influenciado pelas altas de tv por assinatura (2,50%), combo de telefonia, internet e tv por assinatura (1,35%) e acesso à internet (0,66%).
Índices regionais
O IBGE apontou que todas as áreas pesquisadas tiveram alta em fevereiro.
A maior variação foi registrada em Salvador (1,19%), influenciada pelas altas dos cursos regulares (7,84%), da energia elétrica (5,99%) e da gasolina (5,16%).
Já o menor resultado, por sua vez, ocorreu em Goiânia (0,41%), onde pesaram as quedas de 3,07% da gasolina e de 2,49% da energia elétrica.
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