Conforme divulgado nesta quarta-feira (15) pela FGV IBRE, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou uma variação positiva de 0,02% em fevereiro, após ter subido 0,05% no mês anterior.
Com o resultado, o índice passa a acumular um avanço de 0,07% no ano e de 2,26% em 12 meses. Em fevereiro do ano passado, o índice havia subido 1,98% e acumulava elevação de 16,69% em 12 meses.
“Commodities e insumos agropecuários seguem influenciando a desaceleração da inflação ao produtor. Nesta apuração merecem destaque os itens: soja (de -1,13% para -3,34%), bovinos (de 2,40% para -2,51%) e adubos ou fertilizantes (de -3,05% para -6,19%). Ao consumidor, os principiais destaques partiram dos serviços: passagem aérea (de -0,15% para -3,86%), aluguel residencial (de -0,44% para -0,55%) e tarifa de telefone móvel (de 0,92% para -0,94%)”, explicou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Índice de Preços ao Produtor Amplo
Entre os componentes do IGP-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,14% em fevereiro. No mês passado, havia registrado taxa de -0,06%.
Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de -0,59% em janeiro para 0,20% em fevereiro, com a principal contribuição vindo do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -5,61% para 2,11%.
O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,04% em fevereiro. No mês anterior, a taxa foi de -0,33%.
Já a taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,33% em janeiro para -0,65% em fevereiro. A principal contribuição para a taxa menos negativa do grupo partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que foi de -6,66% para -1,23%.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 1,87% em janeiro para 0,10% em fevereiro. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: minério de ferro (11,92% para 3,82%), soja em grão (-1,13% para -3,34%) e bovinos (2,40% para -2,51%).
Índice de Preços ao Consumidor
O IPC variou 0,55% em fevereiro, com cinco das oito classes de despesa registrando acréscimo em suas taxas de variação:
- Despesas Diversas: 0,10% para 1,77%;
- Transportes: 0,06% para 0,52%;
- Educação, Leitura e Recreação: 1,13% para 1,51%;
- Habitação: 0,12% para 0,32%;
- Comunicação: 0,73% para 0,99%.
As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: serviços bancários (0,00% para 2,76%), licenciamento – IPVA (0,00% para 3,00%), cursos formais (2,49% para 4,77%), tarifa de eletricidade residencial (-0,53% para 0,33%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,77% para 2,57%).
Por outro lado, houve queda em Alimentação (0,67% para 0,23%), Vestuário (0,87% para -0,30%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,69% para 0,45%).
Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (4,04% para -4,05%), roupas (1,07% para -0,47%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,71% para -0,13%).
Índice Nacional de Custo da Construção
O terceiro componente do IGP-10, o INCC, teve alta de 0,33% em fevereiro. No mês anterior a taxa foi de 0,14%
Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de janeiro para fevereiro:
- Materiais e Equipamentos: -0,14% para 0,01%;
- Serviços: 0,44% para 0,82%;
- Mão de Obra: 0,34% para 0,52%.
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