Em balanço divulgado na noite de ontem (13), o Banco do Brasil (BB) informou que seu lucro líquido ajustado foi de R$ 31,8 bilhões em 2022. O valor representa um recorde para e empresa, ficando 51,3% acima do registrado em 2021.
Apenas no 4º trimestre, o banco totalizou R$ 9 bilhões, uma alta de 52,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O BB afirmou que o crescimento no lucro pode ser explicado pelo avanço na concessão de crédito com inadimplência controlada, pela diversificação de receitas, pela disciplina na gestão de custos e pela solidez na estrutura de capital.
O banco informou que 40% do lucro será distribuído aos acionistas na forma de dividendos e de juros sobre o capital. Isso equivale a R$ 11,8 bilhões.
Receitas e despesas
As receitas com prestação de serviços totalizaram R$ 32,3 bilhões em 2022, uma alta de 10,2% quando comparado com 2021.
Os destaque ficaram para os segmentos de administração de fundos (+11,8%); seguros, previdência e capitalização (+14,6%); e operações de crédito e garantia (+27,4%).
Já as despesas administrativas aumentaram 5,6% no ano passado, ficando abaixo da inflação acumulada no ano passado e dentro das projeções do banco, que variavam entre 4% e 8%.
Para 2023, a instituição prevê lucro líquido ajustado entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões, expansão de 8% a 12% na carteira de crédito e crescimento de 7% a 11% tanto nas receitas com prestação de serviços como com gastos administrativos.
Carteira de crédito acima da marca histórica
A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou 2022 acima da marca histórica de R$ 1 trilhão, com alta de 14,8% em relação a 2021.
Se destacaram as operações com pessoas físicas, com empresas e com o agronegócio.
No referente às pessoas físicas, a carteira de crédito cresceu 9% no ano passado, somando R$ 289,6 bilhões. A expansão foi influenciada pela carteira de crédito consignado, que encerrou 2022 em R$ 115,1 bilhões.
A carteira de crédito para pessoas jurídicas totalizou R$ 358,5 bilhões, com alta de 12,8% em 12 meses.
Já a carteira ampliada do agronegócio somou R$ 309,7 bilhões, batendo o recorde registrado em 2021. O crescimento totalizou 8,3% em relação ao trimestre anterior e 24,9% em 12 meses. Com isso, o Banco do Brasil manteve a liderança no crédito ao segmento.
A carteira de negócios sustentáveis, que engloba os empréstimos a projetos com impacto social e ambiental positivo, somou R$ 327,3 bilhões no ano passado, com alta de 12,3% em 12 meses. O montante corresponde a um terço do crédito total do banco.
No tocante às dívidas, o índice de inadimplência acima de 90 dias das operações de crédito do banco ficou em 2,5%. Apesar do aumento em relação ao fim de 2021, quando estava em 1,75%, o indicador continua inferior à média do Sistema Financeiro Nacional, de 3%.
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