A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) projeta que, em 2023 ante 2022, o faturamento do setor de shoppings no país deve crescer 14,6%, atingindo R$ 219,8 bilhões.
Caso a estimativa ocorra, o resultado ultrapassará os R$ 192,8 bilhões registrados em 2019, e significará um novo recorde para o setor.
Em 2022, o setor de shoppings mostrou uma recuperação expressiva, com as vendas crescendo 20,5% em relação a 2021. Foram R$ 191,8 bilhões em 2022, contra R$ 159,2 bilhões no ano anterior. O desempenho ficou bem acima do projetado pela entidade, de 13,8%.
Na visão de Glauco Humai, presidente da Abrasce, o desempenho de 2022 é explicado pelo fluxo de visitantes, que se recuperou mais rápido do que o previsto, pela desaceleração da inflação e pelo avanço na geração de empregos, o que criou condições mais favoráveis para o consumo.
O ano de 2022 foi bem melhor que o esperado. O público voltou com força, e a inflação mais controlada ajudou bastante também. Para 2023, o clima é de otimismo com cautela”, afirmou Humai.
A previsão de crescimento deste ano considera uma contínua melhora no fluxo de visitantes e mais inaugurações de shoppings. A associação estima que haja 15 inaugurações neste ano, contra 8 em 2022 e 5 em 2021.
Segundo Humai, todos esses fatores juntos ” devem ancorar o crescimento do setor”.
Dados de 2022
Todas as regiões do país apresentaram crescimento no faturamento em 2022. O destaque, porém, ficou para o Sudeste, com alta de 22% nas vendas.
Em seguida, estão as regiões Nordeste (+19,9%), Centro-Oeste (+18,8%), Sul (+16,9%) e Norte (+13,8%).
O número médio de visitantes mensais atingiu 443 milhões, uma alta de 11,6% sobre 2021. Já a vacância em 2022 foi de 5,6%, índice próximo dos 4,7% registrados em 2019, antes da pandemia. Houve também um aumento de 2,3% nos postos de trabalho ocupados, para 1,044 milhão.
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