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Estoque de crédito aumentou 14% em 2022, apontou Banco Central

O Banco Central divulgou nesta sexta (27) que o estoque de crédito no Brasil aumentou 14% em 2022 ante 2021. Porém, a variação no ano anterior foi de 16,3%.

Em dezembro, o crédito total variou 1,3%, com aumentos de 2,1% na carteira de pessoas jurídicas e de 0,8% na carteira de pessoas físicas.

Crédito às empresas

Houve variação de 9,3% no crédito a empresas, o que representa uma desaceleração ante 10,5% em 2021.

O crédito livre para pessoas jurídicas alcançou R$1,4 trilhão, uma expansão de 9,9% no ano, desacelerando da variação de 17,4% em 2021.

No período, destacam-se os crescimentos nas modalidades de: duplicatas e outros recebíveis, aquisição de veículos e capital de giro com prazo superior a 365 dias, capital de giro até 365 dias, repasse externo e antecipação de faturas de cartão. 

O mês de dezembro registrou alta de 2,7% no crédito livre a empresas, com destaque para desconto de duplicatas e recebíveis.

Crédito às famílias

O BC apontou que o crédito às famílias cresceu 17,4%, após variação de 21,0% em 2021.

Destaca-se a expansão das modalidades: crédito pessoal não consignado; crédito consignado para servidores públicos, para aposentados e pensionistas do INSS; aquisição de veículos; e cartão de crédito.

Houve expansão de 0,2% em dezembro, com destaque para consignado de servidores públicos, aquisição de veículos e cartão à vista. Além disso, o BC ressaltou o efeito sazonal da redução em modalidades como cheque especial e cartão rotativo.

Crédito direcionado

O crédito direcionado em 2022 tingiu R$2,2 trilhão, uma elevação de 14,3% no ano, acelerando após crescimento de 10,9% em 2021. 

Pessoas jurídicas presentaram expansão de 8,1% no ano (após retração de 0,3% em 2021), enquanto as físicas cresceram 17,9% (após alta de 18,5% no ano anterior). 

No mês, o crédito direcionado variou 1,3%, com crescimento de 0,9% para empresas e 1,6% para famílias.

As concessões de crédito acumuladas no ano cresceram 20,4% em 2022, ante 19,5% no ano anterior. Já as contratações com empresas aumentaram 20,5% no ano (13,7% em 2021) e as com pessoas físicas, 20,2% em 2022 (24,9% em 2021).

Indicador de Custo do Crédito (ICC)

O Banco Central declarou que o Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito do Sistema Financeiro Nacional, ficou em 21,4% ao ano em dezembro. O dado representa uma queda de 0,2 pontos percentuais em dezembro, mas uma alta de 3,1 p.p. no ano.

No crédito livre não rotativo, o ICC situou-se em 28,2% a.a., permanecendo estável em dezembro e aumentando 3,8 p.p. em 2022. 

O spread geral do ICC retraiu 0,3 p.p. no mês, e teve uma elevação interanual de 1,4 p.p.

Juros

A taxa média de juros das contratações finalizou o ano de 2022 em 29,9% a.a., o que é uma elevação de 5,6 p.p. após aumento de 6,0 p.p. em 2021. 

spread geral das taxas de juros das concessões ficou em 19,0 p.p., uma variação de 3,3 p.p. em 2022, após elevação de 1,4 p.p. em 2021. No mês, os indicadores variaram -1,1 p.p. e -1,3 p.p., respectivamente.

No crédito livre, a taxa de juros atingiu 42,0% a.a. em dezembro de 2022, elevação de 8,2 p.p. no ano.

Já o crédito livre às empresas, a taxa média de juros situou-se em 23,1% a.a., expandindo 3,4 p.p. no ano.

Para pessoas físicas, o crédito livre alcançou 55,8% a.a., elevação de 10,8 p.p. no ano, com destaque para o aumento em crédito pessoal consignado (+5,1 p.p.).

Inadimplência

Em dezembro, a inadimplência do crédito geral situou-se em 3,0%, um aumento de 0,7 p.p. em relação ao final de 2021. 

No crédito livre, esse indicador aumentou 1,1 p.p. em 2022, encerrando o ano em 4,2%. Enquanto nas operações direcionadas houve estabilidade, finalizando o ano em 1,2%.

O endividamento das famílias com operações de crédito do SFN alcançou 49,5% em novembro, com queda de 0,2 p.p. no mês e elevação de 0,3 p.p. em doze meses. 

O comprometimento de renda aumentou 0,2 p.p. no mês e 1,8 p.p. em doze meses, situando-se em 28,2%.

Entre em contato com a redação Money Crunch: imprensa@moneycrunch.com.br

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