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PMI composto da zona do euro cresce para 49,3 pontos em dezembro

Segundo relatório publicado nesta quarta-feira (4) pela S&P Global, o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 47,8 para 49,3 na passagem de novembro para dezembro de 2022. Este foi o maior nível atingido em cinco meses.

Por mais que tenha avançado, o indicador segue pelo 6º mês seguido abaixo da barreira de 50 pontos, que difere os cenário de aceleração e desaceleração da economia.

Porém, a pesquisa final da agência apontou que a economia do bloco “permaneceu atolada em uma desaceleração no final de 2022, embora houvesse sinais de que a fraqueza estava se dissipando à medida que a atividade empresarial do setor privado encolheu apenas marginalmente e no ritmo mais suave desde julho passado”.

O sentimento dos negócios ficou em níveis moderados, refletindo as preocupações das empresas sobre o mercado de energia, inflação e o risco de recessão em 2023. Paralelamente, mesmo com a pressão inflacionária se abrandando, os custos de energia se mantiveram em taxas elevadas.

O mercado de trabalho na zona do euro se mostrou resiliente, uma vez que a taxa de emprego aumento pelo 23º mês consecutivo.

Novamente, a manufatura atuou como o principal obstáculo para a produção ao longo do mês de dezembro, mesmo com a atividade do setor de serviços também se apresentando mais fraca.

A pesquisa apontou que condições de demanda moderada foram citadas pelas empresas como um dos principais fatores que impedem os volumes de produção. Outras empresas também comentaram sobre os efeitos negativos de juros altos.

Na divisão entre os países, a Espanha e Itália se aproximaram mais da marca de 50 pontos. Enquanto a Alemanha e França viram um pouco mais rápido deteriorações na produção.

Houve uma queda na entrada de novos negócios entre as companhias, a sexta consecutiva. Os entrevistados pela S&P Global fizeram comentários sobre a demanda fraca, porém, a retração em novas encomendas foi a mais fraca desde julho.

Uma forte deterioração também foi vista na procura de bens e serviços de clientes estrangeiros. A queda foi a mais fraca em quatro meses.

No referente ao mercado de trabalho, a taxa global de criação de empregos ficou inalterada em relação à mínima de 21 meses registrada em comparação com o período de pesquisa anterior.

A inflação geral desacelerou para uma baixa de 19 meses, com os aumentos moderados em ambos produtores de bens e empresas de serviços.

O relatório finaliza dizendo que a confiança empresarial se recuperou ainda mais após a baixa recente de setembro, alcançando uma alta de quatro meses.

Na visão de Joe Hayes, economista sênior da S&P Global:

O arrefecimento das pressões de preços ajudou a moderar o declínio nos níveis de atividade econômica. A desaceleração da inflação industrial é um bom presságio para outros setores da economia, embora isso tenha sido parcel até desenvolvimentos relativamente benignos em toda a Europa.

PMI de Serviços

O PMI de Serviços da zona do euro avançou para 49,8 em dezembro, ante os 48,5 pontos registrados em novembro. Esta foi o melhor valor desde agosto de 2022.

O relatório apontou para uma sexta redução mensal seguida em novos negócios. Além de uma retração em pedidos de exportação.

Dessa forma, a taxa global de diminuição de novos cargos de trabalho foi a menor em cinco meses.

Entre em contato com a redação Money Crunch: imprensa@moneycrunch.com.br

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