Os preços ao produtor da China apresentaram em novembro a segunda queda anual consecutiva. Paralelamente, a inflação ao consumidor diminuiu, indicando fraqueza da atividade e da demanda, de acordo com dados da Agência Nacional de Estatísticas divulgados nesta sexta-feira (9).
O índice de preços ao produtor caiu 1,3% em relação ao ano anterior, mesma taxa de contração anual observada em outubro. A expectativa em pesquisa da Reuters era de recuo de 1,4%.
Analistas disseram esperar que o governo mantenha as taxas de juros baixas e tome medidas para aumentar a confiança.
Já o índice de preços ao consumidor de novembro avançou no ritmo mais lento em oito meses, subindo 1,6% em relação ao ano anterior, contra 2,1% em outubro e em linha com pesquisa da Reuters.
“Estes dados sugerem que o impulso econômico está enfraquecendo”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.
Durante o encontro do Politburo do Partido Comunista, realizado na última terça (6), se enfatizou que em 2023 o governo se concentrará em estabilizar o crescimento, promover a demanda interna e abrir-se para o mundo exterior.
Zhang afirmou que, embora o governo tenha aliviado os controles da pandemia na última semana, ele tomará mais medidas para estimular a economia.
“A reunião do Politburo identificou a fraqueza da confiança como um grande problema para a economia. Eu espero que o governo faça mais para aumentar a confiança do mercado e das famílias. O ritmo acelerado da reabertura indica o senso de urgência do governo.”, declarou o economista.
A deflação dos preços ao produtor e a inflação mais branda dos preços ao consumidor de novembro acompanharam infecções recordes de Covid-19 e restrições que interromperam a produção e reduziram a mobilidade.
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