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Presidente do BC diz que sistema financeiro está migrando para uma “economia tokenizada”

Durante um evento promovido pela BlackRock Brasil, em São Paulo, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, voltou a afirmar que o sistema financeiro tradicional está migrando para uma economia tokenizada na qual os ativos são transformados em tokens abrindo novas possibilidades de negociação e democratização de acesso.

Campos Neto declarou que, nesta mudança de ‘suporte’ econômico, a tendência é que todos os bens como arte, fotos, propriedades e até mesmo ideias e o dinheiro ganhem uma versão digital tokenizada por meio de um ledger distribuído para que o ativo seja verificável e transferível com divisibilidade.

O presidente ressaltou que as ações em torno do metaverso traduzem esta mudança de paradigma econômico, pois refletem o potencial da tokenização, já que o metaverso é o próprio ambiente digital tokenizado, ou seja, uma parte indissociável da vida física que começa a existir em forma de tokens.

“Isso está apenas no começo! Se a tese da tokenização for verdadeira, então o século XXI será um período de criação de redes multi-ativos, reguladas, globais e tokenizadas”, disse Campos Neto em sua apresentação no evento.

Modernização do sistema financeiro nacional

O presidente do BC também pontuou em seu discurso a mudança de paradigma para justificar as agendas do Banco Central que atuam na modernização do sistema econômico nacional, como o Pix, Open Finance e o Real Digital.

Para Campos Neto, essas três três principais frentes do BC atuam em setores diferentes desta transformação digital, mas tem como foco promover a competição, a diversidade de atores no sistema econômico e promover a entrada de mais pessoas na economia. Além disso, tem o intuito de adaptar a economia nacional para a nova era da tokenização de tudo.

Campos Neto afirmou que o Open Finance vem crescendo do país e já atingiu a marca de mais de 350 milhões de chamadas de API, revelando que os usuários aceitaram promover o compartilhamento de dados entre instituições financeiras e estas, por sua vez, estão habilitando serviços que funcionam em cima deste compartilhamento.

Sobre o Real Digital, o presidente do BC destacou a agenda de curto prazo para a CBDC nacional e reforçou que janeiro de 2023 marca o encerramento da primeira fase do projeto, na qual as empresas devem apresentar suas soluções ao BC.

Apresentação do presidente do BC durante o evento.

Ao final do evento, Campos Neto afirmou a agenda integrada do BC habilita uma espécie de “super app” financeiro com diversos serviços integrados e que permitem ao cidadão ‘viver’ sua vida física e digital sem fricção e sem a necessidade do uso de protocolos diferenciados.

Entre em contato com a redação Money Crunch: imprensa@moneycrunch.com.br

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