A Fundação Getulio Vargas informou nesta quinta-feira (24) que a o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 3,3 pontos em novembro ante outubro, ficando em 85,3. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,5 ponto.
“A confiança dos consumidores cai pelo segundo mês consecutivo. Passado o efeito das transferências de renda, os consumidores de baixa renda voltam a se sentir menos satisfeitos sobre a situação financeira familiar e revisar suas expectativas para baixo nos próximos meses”, disse Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
A coordenadora acrescentou que, mesmo com uma queda das perspectivas sobre a inflação e um efeito ainda positivo no mercado de trabalho, há um aumento do pessimismo sobre as finanças familiares nos próximos meses.
“É possível que ainda exista algum espaço para o consumo pelas famílias de maior poder aquisitivo, mas, dada as condições macroeconômicas, sua sustentação nos próximos meses acaba sendo uma tarefa difícil.”, acrescentou.
Em novembro, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 3,7 pontos, para 70,8 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,7 pontos, para 96,0 pontos.
No ISA, o item que avalia a situação financeira das famílias caiu 5,6 pontos, para 60,9 pontos. O componente que mede a satisfação sobre a situação econômica recuou 1,9 ponto, para 81,2 pontos.
No referente às expectativas, o quesito que mais contribuiu para a queda da confiança no mês foi o da situação financeira das famílias nos próximos seis meses, que encolheu 5,6 pontos, para 92,5 pontos.
O componente que mede o grau de otimismo com a situação econômica geral caiu 4,6 pontos, para 110,6 pontos, o único ainda acima do nível neutro. Já a intenção de compra de bens duráveis subiu 2,5 pontos, para 85,5 pontos.
A análise por faixa de renda mostrou que o resultado negativo foi influenciado pelos consumidores com menor poder aquisitivo.
Entre as famílias com renda até R$ 2.100,00 mensais, a confiança caiu 10,1 pontos, para 74,5 pontos. No grupo que recebe acima de R$ 9.600,00 mensais, o indicador subiu 0,7 ponto, para 92,2 pontos, único grupo com melhora no mês.
A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1º e 21 de novembro.
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