Em um relatório publicado nesta sexta-feira (11), a Comissão Europeia apontou que a zona do euro deve encerrar o ano de 2022 em recessão e registrará uma inflação ainda elevada no próximo ano, em um cenário marcado por um “nível excepcional” de incerteza.
Segundo a Comissão, por conta de um “ambiente externo mais frágil e condições financeiras mais rígidas”, a União Europeia, a zona do euro e a maioria dos Estados-membros entrarão em recessão no último trimestre do ano.
No relatório, um dos executivos da Comissão destacou que, após um desempenho sólido no primeiro semestre deste ano, a economia do bloco “entrou em uma fase muito mais desafiadora”.
O relatório com as expectativas econômicas de outono (hemisfério norte, primavera no Brasil) prevê que a contração da atividade econômica “deve continuar no primeiro trimestre de 2023”. Porém, provavelmente o crescimento retornará à Europa na primavera (outono no Brasil).
Para o ano que vem, a Comissão projeta um crescimento econômico de apenas 0,3%. No relatório anterior, publicado em julho, a previsão era de avanço de 1,5%. O panorama foi agravado pela persistente inflação alta.
Além disso, a Comissão também afirmou que a zona do euro registrará uma melhora relativa, mas que a inflação permanecerá consideravelmente elevada no próximo ano.
A alta generalizada dos preços alcançará 6,1% – uma revisão que eleva em mais de dois pontos percentuais as projeções de julho (4%).
Por fim, a Comissão destacou que a perspectiva econômica permanece “cercada por um nível excepcional de incerteza” devido à ofensiva da Rússia contra a Ucrânia.
“A maior ameaça procede da evolução adversa do mercado de gás e do risco de escassez, em particular no inverno de 2023-24”, acrescentou o relatório.
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