Conforme informações dadas por Paulo Henrique Romariz, Corporate Communication Director na Visa, a empresa não quer mais ser conhecida ‘apenas’ como uma provedora de soluções para pagamentos, mas sim como uma ‘rede das redes’, na qual diversos desenvolvimentos podem ser ‘plugados’.
Romariz revelou o dado durante uma apresentação exclusiva da experiência híbrida que a Visa irá realizar no FIFA Fan Festival, durante a Copa do Mundo FIFA Qatar 2022.
De acordo com o executivo, na Visa, o metaverso representa um ponto de inflexão estratégico e deverá acelerar tendências como o desenvolvimento de soluções e serviços de vendas e marketing, estratégia de gestão de risco e a popularização de ativos digitais.
“Acreditamos que cada vez mais veremos uma expansão do ser humano para aquilo que chamamos de “Meta Eu”, onde teremos uma grande mistura entre nossas personas digitais e analógicas – eu em carne e osso e os meus avatares. Temos oportunidade de trazer interoperabilidade no metaverso por meio de nossa rede e as credenciais de pagamento”, afirmou Romariz.
O executivo declarou que a Visa está “trabalhando em um padrão para o metaverso”. Um padrão no qual todos possam usar e “intercambiar suas informações, experiências, avatares, entre outros”.
Romariz disse que, entre o ecossistema de pagamentos, esta é uma prática comum e toda vez que um provedor desenvolve uma tecnologia nova, ela é validada entre o grupo da empresa que integra este ecossistema.
“Foi assim com o NFC e está sendo assim com os pagamentos por reconhecimento facil. Desenvolvemos a tecnologia, testamos e provamos sua viabilidade. Depois definimos os padrões desta nova infraestrutura para que todos possam usar”, acrescentou.
Compromisso com NFTs
Outro ponto destacado por Romariz em seu pronunciamento foi compromisso da Visa com NFTs e com o mercado de criptoativos. Ele disse que a Copa do Mundo é um dos grandes eventos nos quais a Visa apresenta acreditando deve ser tendência para os próximos anos, como fez outrora com o NFC e outras formas de pagamento sem contato.
Portanto, para 2022, a principal experiência que a Visa irá apresentar é a interação entre o mundo físico e o digital por meio de uma multiplicidade de tecnologias envolvendo inteligência artificial, realidade virtual, blockchain e NFTs.
A experiência hibrida será um ‘mini campo’ de futebol construído sob uma plataforma de LED equipado com tecnologia de rastreamento para capturar e transformar as jogadas dos participantes em arte digital, que lhes será enviada por e-mail como lembrança.
Neste campo, os participantes vão poder mostrar suas habilidades com a bola de futebol e todos os passos e movimentos serão registrados pela aplicação que irá converter eles em uma arte digital que poderá ser mintada em NFT e recebida diretamente na wallet de NFT da Crypto.com.
Ao longo da experiência imersiva, os fãs podem conhecer as novas maneiras pelas quais a Visa está ajudando a movimentar o dinheiro no mundo, incluindo o uso de novas tecnologias como criptomoedas e soluções digitais que possibilitam que mais pessoas tenham acesso à economia global.
Aqui não falamos mais que somos uma empresa de pagamentos, mas uma rede, a rede das redes. Também não falamos mais em processar pagamentos, mas em movimentações financeiras. Temos contratos inteligentes, estamos atuando no desenvolvimento de soluções com CBDCs, temos aplicações em blockchain para remessas, tudo isso dentro da nossa rede”, disse Rodrigo Bochicchio, Marketing Director da Visa no Brasil.
Quando questionado sobre omo as novas formas de dinheiro e de movimentações financeiras, como PIX, criptomoedas e CBDC podem impactar o negócio da Visa com relação à emissão de cartões, Romariz revelou que toda a digitalização da economia foi positiva para a Visa e que ela aumentou o número de usuários habilitados na rede.
“Antes do PIX cerca de 38% da população brasileira tinha sua vida financeira conectada com nossos cartões. Após o PIX houve um boom de bancarização e de integração de pessoas no sistema financeiro e isso elevou nossa participação neste público para mai de 60%, segundo dados da própria Abecs”, finalizou Romariz.
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