Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no trimestre de junho a agosto caiu a 8,9%, o que representa uma diferença 9,7 milhões de pessoas. O valor é o menor patamar desde o trimestre encerrado em julho de 2015, quando foi de 8,7%.
Em relação ao trimestre anterior, encerrado em maio, o índice recuou 8,8% (menos 937 mil pessoas) e 30,1% (menos 4,2 milhões) no ano.
“O mercado de trabalho segue a tendência demonstrada no mês passado, continuando o fluxo que ocorre ao longo do ano, de recuperação”, disse Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.
Recorde de trabalhadores informais
Mesmo com a queda da taxa de desocupação, o número de trabalhadores informais, porém, segue batendo recorde.
O número número de pessoas sem carteira assinada no setor privado foi de 13,2 milhões de pessoas, o maior da série histórica iniciada em 2012. Segundo o IBGE, 355 mil pessoas entraram nessa modalidade no trimestre, e 1,8 milhão no ano.
No período analisado, trabalhadores informais compuseram 39,7% da força de trabalho no país. Estão incluídos nesse grupo trabalhadores sem registro, empregadores por conta própria sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares.
Contudo, o número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 1,1% em relação ao trimestre anterior, chegando a 36 milhões.
Crescimento do rendimento médio
De acordo com os dados da Pnad Contínua, o rendimento real subiu pelo segundo mês consecutivo. Em agosto, o salário médio do trabalhador brasileiro chegou a R$ 2.713, uma alta de 3,1% em relação ao trimestre anterior, embora demonstre estabilidade na comparação anual.
“‘Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação. Mas a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também são fatores que colaboram”, explicou Adriana Beringuy.
Indicador/Período | Jun-Jul-Ago 2022 | Mar-Abr-Mai 2022 | Jun-Jul-Ago 2021 |
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Taxa de desocupação | 8,9% | 9,8% | 13,1% |
Taxa de subutilização | 20,5% | 21,8% | 27,2% |
Rendimento real habitual | R$ 2.713 | R$ 2.632 | R$ 2.730 |
Variação do rendimento habitual em relação a: | 3,1% | – |
Para conferir os dados na íntegra da pesquisa, acesse o site oficial da Agência de Notícias do IBGE.
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